Feliz 2013, balelos!
Sem enrolações, comecei o meu ano sabendo que uma amiga de 7 anos me apunhalou feio pelas costas. Motivo? Homem.
Homem seu, Babi? Você me pergunta... Não, magina. AMIGO MEU. Amigo meu que ela quis ficar dormindo com ele por 1 ano escondida.
A meta? Se passar por santa. Porém como ela se passaria por santa, mãe de família e boa gente sendo que se ele me perguntasse UMA PALAVRA, eu desmistificaria tudo isso? Não por maldade, mas porque eu prezo a verdade. Daí a doente afastou a gente, contando mentiras atras de mentiras de um pro outro, fazendo com que a gente praticamente se odiasse.
Ademais, parto do pressuposto que se você precisa lançar mão de artimanhas e mentiras pra conquistar o amor de alguém, isso lhe será cobrado mais tarde. E foi. A querida perdeu o homem, perdeu um cão fiel ( eu no aso, que quando sou amiga de alguém sou pior que cão de guarda ) e sei lá mais o que, porque sendo ela uma espécia de psicopata, não acho que chegou a atingir a sua dignidade.
Até que em um dia ele acordou. Viu que ela mentiu por tudo. Veio e me contou tudo. E aí eu entrei de luto. Uma pessoa que convivi por 7 anos morreu. Doeu. Doeu muito. Era cia pra toda hora. Pra todo assunto. Mas morreu.
O que eu fiz? Dormi. Dormi muito. Dormi por quase 48hs seguidas.
Pra mim dormir é renovação. É sonhar e organizar pensamentos e sentimentos. É estar em paz, no silêncio. A forma mais singela de meditação.
Daí passei os 3 primeiros meses do ano aproveitando muito. Dando valor a vida, sendo feliz. Já que o que a morte traz? Renovação. Me renovei. Me virei. Me modifiquei.
Aulas voltam, responsabilidade volta. Saí do melhor lugar do mundo pra se trabalhar pra me concentrar nas aulas. Porém voltei a dormir.
Não sei do por quê, mas voltei a dormir. Na verdade até sei. No fundo eu sei.
Nesses três meses eu ouvi muita coisa. Porém eu demoro a absorver. Demoro mesmo. Sou lerda em sentimento e bem querer. Sou lerda em aceitar que as pessoas são em suma egoístas e que o lampejo de carinho que dispensam com as outras geralmente vem precedidas de um pedido de favor. Ou de informação. Ou de uma carência da própria pessoa, que vê em você ( a pessoa que nunca diz não) uma válvula de escape.
Daí a pessoa que nunca diz não pra nada (eu) um belo dia acorda cansada. E não sai brigando com ninguém. Apenas deita e dorme. E deixa passar.
Acorda, come, estuda, dorme. Dorme de novo e de novo. Até voltar ao eixo. Até apagar da memória o que foi absorvido e começar de novo. Levantando com o pé direito no chão, fazendo uma oração matinal e acreditando que o mundo é bom, que as pessoas são desinteressadas e só dispensam amor por dispensar e não porque precisam.
Você acorda com a esperança. Que você sabe que dura pouco. Mas você sabe também que, se não aproveitar aquele hiato entre o viver de olhos abertos e o dormir, sua vida vai ser um eterno repouso, uma eterna espera, de algo que sinceramente, pode não acontecer, pode não melhorar.
Moral da historia: preciso dormir mais uns dias. A esperança ainda não chegou.
Boa noite.