Já contei pra voces que eu tinha PANICO de cachorro até os meus 17 anos?
Mas não era aquele medinho bobo não...era panico mesmo, de ver um e atravessar a rua...de ir a casa das pessoas e subir em cima de mesa com medo do bicho. De pedir pelo amor de Deus pra prender ps bichinhos no quarto enquanto eu estava lá ( olha que dó )..
Até que eu TIVE que me mudar em BH em questão de dias... As aulas iriam começar, eu não tinha um apto pra morar, até que surgiu uma vaga na casa da prima de uma amiga ali no Gutierrez. Apartamento ótimo, a menina era uma fofa mas tinha um porém: um pinscher denominado Tête.
O bicho sentia meu pânico dele e parecia colaborar. A primeira noite foi um inferno, pois eu tinha medo de sair pra fazer xixi e trombar com a enooorme fera. Mas o que eu podia fazer? Tirar minha mãe de Ponte Nova pra correr atras de apto pra filha mimada com medo de cachorro ou superar esse medo?
Quem me conhece sabe que escolhi a segunda opção. Afinal de contas, eu queria ser uma pessoa normal, que gosta de cachorros, quem não gosta?
Foram dois meses de convivência, até ele ir me conquistando... Até o dia que eu tav a tão desesperada de saudade de casa que me vi chorando, sentada no chão da sala e quem parou ao meu lado e ficou me olhando e depois deitou no meu colo? O Tête... E aí eu saí de férias... E dias depois recebi uma ligaçao da Lara, falando que ele tinha sido atropelado e morreu.
E eu fico pensando até hoje se não era essa a missão daquele mini ser: me tirar um trauma de infância e me ajudar a crescer.
E eé nesse ponto que eu queria chegar: quantas pessoas já passaram pela nossa vida, fazendo o bem, ou fazendo o mal? Várias, você vai me dizer... E eu te digo que TODAS, TODAS elas te ensinaram e te ajudaram de alguma forma. Seja te fazendo crescer, seja te fazendo aprender a amar, a se soltar, a xingar quando necessário, a perceber mentiras mais facilmente... Seja pra te fazer enxergar que todo mundo sofre ou é feliz do mesmo jeito, apenas que uns mostram mais que os outros.
Esse ano eu vi e aprendi muitas coisas com várias pessoas, sejam elas saindo da minha vida, entrando ou passando e tô começando a achar que esses encontros e desencontros só servem pra uma única coisa: amadurecer a gente pra tal da felicidade e um dia finalmente enxergar que ela não está ligada a UM alguém e sim aos vários alguéns que te prepararam pra saber reconhê-la quando ela chegar...
That's it...