14.4.12

Nunca

Engraçado como algumas emoções levam a gente a pensar em algumas verdades. Depois de ficar deitada ( dormindo ou não ) por mais de 13hs, me peguei pensando em coisas que nunca aconteceram comigo durante esses 26 anos de vida. Não são coisas ESSENCIAIS para uma vida feliz, mas são, aquelas cerejas do bolo, sabe?
Assim desenvolvi uma pequena lista e depois comentarei sobre:

- Nunca tive uma festa surpresa de aniversário ( nem feita pelos amigos e nem pelos meus pais )
- Nunca fui O amor ( ou A paixão ) da vida de ninguém;
- Nunca vieram atrás de mim. Sabe? Quando você termina um namoro, um caso, ou enfim... nunca vieram atrás com ênfase, sempre fazem aquela tentativa do " se colar, colou " e largam mão;
- Nunca ganhei convite de um evento daqueles de cair o queixo e você ficar lembrando pro resto da vida;
- Nunca nenhum(a) amigo(a) falou nos meus olhos o quanto eu era especial na vida dele (a);
- Nunca consegui nada sem esforço ou encheção de saco ( sério,até minha tão sonhada viagem a Paris quase não saiu ).


Enfim... coisa boba, né? Mas são coisas que me levam a pensar que eu sou daquele tipo de gente mediana ( apesar de lutar pra não ser ). Mas sou aquela boa amiga, aquela boa namorada, boa filha, boa compania... boa...boa...
Já repararam que gente mediana nunca é feliz? Pois tá tudo na linha do médio. Os felizes tem picos de felicidades, os tristes, tem UM ou DOIS momentos que vão lembrar pro resto da vida. Os medianos não. Os medianos vão lembrar de tudo de forma média, quase nada marca, quase nada é especial.
E não achem que isso é insatisfação, como eu disse, minha vida é boa. Eu só queria que as vezes, bem as vezes mesmo ( de que custa, né? ), ela tivesse momentos MEMORÁVEIS.

Mas acho que pessoas medianas não tem momentos memoráveis. Tem momentos bons. Há quem se contente ( eu, até então) e há quem resolva não se contentar mais ( eu a partir de agora ). Basta saber se uma vida inteira sendo mediana e sentindo de forma mediana irá me dar o impulso suficiente para tentar ser uma pessoa acima disso.

Está feito o desafio.
Boa tarde.

10.4.12

Sem astral, pro inferno (astral)

Sumi né?
Eu sou assim mesmo: ao mesmo tempo que estou empolgadíssima com algo, aparece outra coisa que me tira o foco.
Eu sou uma desfocada que gosta de achar que tem foco ou de usar o foco somente quando me interessa.

Acontece que meu sumiço se deve a um cansaço, que coincidentemente sempre aparece um mês antes do meu aniversário: o cansaço de gente.

Mas desta vez estou cansada de tudo e todos. Não são só situações, não são só as pessoas. São as mesmas situações com as mesmas pessoas, ou as mesmas situações com até pessoas diferentes, mas que me dão aquela sensação de deja vu.

Acho que eu me canso das pessoas porque vejo refletidas nelas os defeitos que eu queria esconder de mim, os meus defeitos, que desprezo tanto, escancarados em outro rosto e eu tendo a oportunidade de julgá-los. E eu faço. Julgo. mentalmente, mas julgo. E isso me consome. Pois sabendo que também tenho aqueles defeitos ( e na maioria das vezes, bem mais latentes do que nas outras pessoas ) eu começo a me julgar também. E a me punir. E podem ter certeza: não tem julgamento pior do que o da gente com a gente mesmo. Autopiedade não existe nessa fase. É a AUTORAIVA mesmo. Autorepúdio. Autoinsatisfação ( existe isso ?).

Brigo com amigos querendo brigar comigo mesmo. Sinto todos distantes, quando eu estou distante de mim mesma. Vejo um olhar malicioso que na verdade é méu cérebro que está dando pra ele mesmo. 

Enfim, é isso. Não sei se me fiz entender. Aliás, não estou querendo me fazer entender. Estou no máximo, querendo ME entender, o que não está parecendo, caros leitores, uma tarefa muito fácil, né?