10.4.12

Sem astral, pro inferno (astral)

Sumi né?
Eu sou assim mesmo: ao mesmo tempo que estou empolgadíssima com algo, aparece outra coisa que me tira o foco.
Eu sou uma desfocada que gosta de achar que tem foco ou de usar o foco somente quando me interessa.

Acontece que meu sumiço se deve a um cansaço, que coincidentemente sempre aparece um mês antes do meu aniversário: o cansaço de gente.

Mas desta vez estou cansada de tudo e todos. Não são só situações, não são só as pessoas. São as mesmas situações com as mesmas pessoas, ou as mesmas situações com até pessoas diferentes, mas que me dão aquela sensação de deja vu.

Acho que eu me canso das pessoas porque vejo refletidas nelas os defeitos que eu queria esconder de mim, os meus defeitos, que desprezo tanto, escancarados em outro rosto e eu tendo a oportunidade de julgá-los. E eu faço. Julgo. mentalmente, mas julgo. E isso me consome. Pois sabendo que também tenho aqueles defeitos ( e na maioria das vezes, bem mais latentes do que nas outras pessoas ) eu começo a me julgar também. E a me punir. E podem ter certeza: não tem julgamento pior do que o da gente com a gente mesmo. Autopiedade não existe nessa fase. É a AUTORAIVA mesmo. Autorepúdio. Autoinsatisfação ( existe isso ?).

Brigo com amigos querendo brigar comigo mesmo. Sinto todos distantes, quando eu estou distante de mim mesma. Vejo um olhar malicioso que na verdade é méu cérebro que está dando pra ele mesmo. 

Enfim, é isso. Não sei se me fiz entender. Aliás, não estou querendo me fazer entender. Estou no máximo, querendo ME entender, o que não está parecendo, caros leitores, uma tarefa muito fácil, né?