28.12.06

Nietzsche

"Na aristocracia grega..todas as palavras que designam o homem do povo, (os não cultos, isto é, os que não falavam o grego) , enfim estas palavras acabavam por se tornar sinônimo de "infeliz", de "digno de pena". É preciso lembrar-se por outro lado de que os vacábulos "ruim" "baixo", "infeliz", tinham sempre ao ouvido grego uma totalidade em que dominava a matiz "infeliz"...homens completos... necessáriamente ativos não sabiam separar a felicidade da ação - nêles a atividade era necessáriamente atribuida à felicidade. ..Tudo isso está em profunda contradição com a "felicidade" que imaginam os impotentes, os oprimidos, os esmagados pelo pêso de seus sentimentos hostis e venenosos, entre os quais a felicidade aparece sobretudo sob forma de entorpecente, de repouso, de paz, de "sábado", de relaxamento para o espírito e o corpo, em resumo sob forma passiva."